terça-feira, 29 de setembro de 2009

"Ninguem é Campeão da Forma que Nós Somos"


Acabo de chegar de nossa aventura. A verdade incontestável é que ninguém ganha da forma
como nós ganhamos. As vitórias dos outros são simples, quase sem graça. Algumas beiram à
banalidade, ao ridículo, as nossas não. As nossas são cardíacas.

As dos outros são previsíveis, esquecidas ao apito do primeiro jogo do próximo campeonato,
as nossas são inesquecíveis. Por todos, por nós, pelos adversários e até pelo mais
indiferente leigo.

As nossas vão da extrema falta de perspectiva, do máximo sofrimento, da crueldade, ao
êxtase, ao épico, ao apoteótico. Tudo junto, quase sem fronteiras entre esses opostos.

Coisas que só os tricolores podem se gabar. Afinal, só nós somos campeões com o gol do
Lula aos 42, do Doval na prorrogação, do Assis aos 46, do Renato de barriga aos 43 e do
Antonio Carlos quase de barriga aos 47. Cada gol desse deu ao último capítulo toda a
importância que ele merece.

Alguns dizem: vocês ganharam poucos títulos nos últimos anos. Mas imaginem vocês se ganhássemos todos os anos? O que sobraria para os demais? Somente os frios metais dos troféus, porque todos os sentimentos teriam sido consumidos por nós tricolores.

Enfim, NINGUÉM É CAMPEÃO DA FORMA COMO NÓS SOMOS!!!


IMAGENS



Gol do Titulo Carioca de 1995 aos 43 do 2º tempo.



Gol do Titulo Carioca de 1984 aos 46 do 2º tempo.

















Gol do Titulo Carioca de 1983 aos 43 do 2º tempo.





Gol do Titulo Carioca de 2005 aos 47 do 2º tempo.


domingo, 27 de setembro de 2009

A verdade é uma só: 'Ninguem nos vence em vibração'




A imprensa sulista tem dado pouco destaque ao Esporte Clube Bahia, em virtude de o clube baiano estar participando da famigerada SÉRIE B(Segunda Divisão). Por puro preconceito, esquecem, talvez ignorem, que o tricolor da boa terra é uma das maiores glórias do futebol brasileiro de todos os tempos. Fundado no ano de 1931, mais novo até do que muitos outros clubes o Bahia tem feitos que poucos clubes do cenário nacional conseguiriam ter, Somos o 1º campeão nacional deste país, Somos o maior em estrutura, torcida, titulos e tradição de todo o Norte e Nordeste, Somos do time da Bamor torcida essa inagualavel por qualquer outra. Tenho lido notícias sobre o Bahia no Universo Online e na Gazeta Esportiva. Posso afirmar que outros grandes jornais brasileiros podem estar noticiando os fatos do cotidiano do clube com a maior torcida da Região Nordeste do Brasil. Por conveniência, as mídias paulistas e cariocas fazem pouco caso do futebol baiano, em virtude de o Vitória disputar a SÉRIE A e o tricolor da BOA TERRA estar disputando a SEGUNDA DIVISÃO. Numa análise mais cuidadosa, chegamos a um fato incontestável: o Bahia é o clube com a melhor média de público nos três ultimos anos, anos esse que estavamos longe do cenário nacional. A média de público do “tricolor de aço “ é de 24.707 torcedores por jogo. Os mais invejosos ou preconceituosos poderiam inventar argumentos aparentemente convincentes. Contudo, a verdade é inquestionável: o Bahia possui a torcida mais fiel do Brasil. Não estou falando que o time baiano possui a maior torcida. Embora seja um estado rico, a Bahia, na média, possui salários mais baixos do que os salários dos estados mais ricos do Brasil. Boa parte da torcida do Bahia é composta de pessoas que recebem um salário mensal de R$ 465,00. Os torcedores do Bahia passam fome, mas não esquecem de guardar o dinheiro dos ingressos para os jogos da maior glória do futebol nordestino. Primeiro clube brasileiro a participar da TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA, no começo da década de 60, primeiro clube-empresa do Brasil, membro do “Clube dos Treze,” o Esporte Clube Bahia é grande em qualquer série do futebol brasileiro. Por conta de más administrações e de maus times, o time baiano se encontra na segunda divisão. Contudo, o lugar dele é na SÉRIE A. E isto acontecerá em 2010.

Com o título de campeão brasileiro de 1988, com a maior torcida do Norte-Nordeste, jogando num estádio de times grandes e com a segunda maior média de público de toda a história dos campeonatos brasileiros, o Esporte Clube Bahia deve ser olhado com mais carinho por alguns segmentos da mídia esportiva brasileira. Afinal de contas, o Bahia é um grande nome do futebol brasileiro... O slogan do tricolor baiano é bastante sugestivo:nasceu para vencer. Viva a torcida mais fiel de toda a história do futebol brasileiro, Viva o Bahia!

BBMP

IMAGENS
























































sábado, 26 de setembro de 2009

Grenal de 1977 "Recordar é viver"


Porto Alegre, 25 de setembro de 1977.

Amigos, há campeonatos que começam muito antes da primeira rodada. Para o Grêmio, o certame gaúcho de 1977 começara oito anos antes, no dia 21 de dezembro de 1969, no Beira-Rio. Naquela data, o Internacional sagrava-se campeão gaúcho, sobre o Grêmio, impedindo o octacampeonato do maior rival.
Ali se iniciava uma seqüência inacreditável de Grenais nas finalíssimas dos Campeonatos Gaúchos. Em 70, 71, 72, 73, 74, 75 e 76, o Internacional venceria o Grêmio. Em 69, o Inter impedia o Grêmio de chegar ao octa. E ao mesmo tempo iniciava o seu próprio octacampeonato, conquistado em 76.
Imaginem o drama da torcida gremista. Minha amiga Jenny expressou muito bem: "Oito anos seguidos vendo seu maior rival sapatear em cima de você! Oito anos vendo a festa ser lá, na beira do Guaíba, enquanto a Azenha dormia silenciosa. Oito anos!". Piorando as coisas para os gremistas, o Colorado ainda conquistou o bicampeonato brasileiro, em 75 e 76, vencendo os espetaculares times do Corinthians, do Cruzeiro e do Fluminense.
Hoje, 25 de setembro de 1977, o Grêmio estava pequeno, o Grêmio era pequeno. O Inter era o multi-campeão, e o Grêmio era minúsculo. Mas foi nesse momento, nesse ponto de mínimo em sua história, que o tricolor gaúcho renasceu. Foi ali mesmo, quando menor parecia, que o Grêmio provou ser um gigante.
No comando técnico do Grêmio, está um dos grandes homens da história do futebol brasileiro: o genial Telê Santana da Silva. Um dos maiores jogadores e técnicos da história do Fluminense, o lendário Telê conseguira a proeza de se tornar ídolo também do Atlético Mineiro, já como treinador. Hoje, um terceiro clube passa a idolatrar o Fio de Esperança.
Amigos, foi o grande dia do Grêmio, e a grande tarde do Estádio Olímpico. A multidão se espremia nas arquibancadas do campo gremista. A esperança vestia azul, branco e preto.
Aos 42 minutos do segundo tempo, Tarciso passa a Iúra, Iúra lança no momento certo, e André Catimba manda a bola para as redes coloradas. Era o gol, era o título!
Vale destacar a comemoração de André Catimba. Na sua euforia incontida, ele tenta dar um salto mortal, e cai estatelado no chão. Ao mesmo tempo sublime e patética, a cena se eternizará na história do Grêmio. Machucado, o herói saiu de campo ovacionado.
Pouco depois, a torcida invadiu o gramado em êxtase, e o árbitro Luiz Torres teve que encerrar a partida. Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense, glorioso campeão gaúcho de 1977!

Ficha técnica: Grêmio 1 x 0 Internacional.
Decisão do Campeonato Gaúcho de 1977 - Jogo Extra.
Local: Estádio Olímpico de Porto Alegre.
Data: 25/09/1977.
Grêmio: Corbo; Eurico, Cassiá, Oberdan e Ladinho; Victor Hugo, Tadeu Ricci, Iúra (Vílson) e Tarciso; André Catimba (Alcindo) e Éder. Técnico: Telê Santana.
Internacional: Benitez; Beretta (Jair), Marinho, Gardel e Vacaria; Caçapava, Batista, Escurinho e Valdomiro; Luizinho e Santos (Dario). Técnico: Carlos Gainete.
Árbitro: Luiz Torres.
Gol: André Catimba, aos 42 minutos do segundo tempo.

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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As Maiores Torcidas do Brasil





A pesquisa tem um foco diferente: todos os números foram colhidos de torcedores que REALMENTE gostam de futebol. Entre as 64 perguntas que cada pesquisado teve de responder, a principal era se o entrevistado acompanha e consome futebol. Por isso os números são expressivos. Afinal, trata-se de um público consumidor.
Os maiores times do Brasil (21 ao todo) ocupam a preferência de 74,81% dos fãs da bola. A Seleção (sim, tem gente que torce só para o Brasil) e os demais clubes dividem a parcela restante. O glorioso Londrina, por exemplo.
Como já era de se esperar, o Flamengo segue com a maior torcida do País, com 15,34% da preferência. Mas o Corinthians colou. Os paulistas já tem 14,83%. Mesmo na crise, o Timão cresce. Aliás, crsceu nos últimos anos, com Tevez & cia. Mas quem cresce mesmo é o hexacampeão brasileiro. O São Paulo, que vive o segundo "boom" da história (a Era Telê foi o primeiro), tem 11,89%. Me lembro de uma entrevista do ex-presidente do Tricolor paulista, Marcelo Portugal Gouvêa, dizendo que em 10 anos o projeto sampaulino é de ocupar o posto de maior torcida do Brasil. Pelas conquista e ações de marketing (lembram-se da parceria com a Disney?) o São Paulo caminha a passos largos para tanto, com a ajuda de Fla e Corinthians.
Depois de anos doutrinados pelo rádio carioca, os torcedores, que se acostumaram a ver mais o futebol de SP pela TV, já preferem os bandeirantes aos cariocas. Por isso, o Palmeiras tem a quarta torcida do País (8,58%), à frente do Vasco (4,47%), que por sua vez está à frente do Santos (3,8%).
A resistência fora do eixo começa com a dupla mineira. Mesmo que por uma diferença apertada, a pesquisa quebra a imagem de que o Atlético-MG tem a maior torcida das Alterosas. O Cruzeiro lidera, com 3,38%. O Galo tem 3,04%. Depois, seguem Botafogo (2,12%) e Fluminense (1,66%), também mudando a imagem de que o Fogão é o menor dos cariocas.
O Grêmio tem a maior torcida entre os clubes do Sul do Brasil. O Tricolor gaúcho ficou com 1,19% das indicações. O crescimento do Furacão nos últimos anos fez com que o Atlético ultrapassasse o Inter e ocupasse o segundo posto da região, com 0,62%. Porém, nacionalmente, entre Grêmio e Atlético estão o Bahia, maior do Nordeste (0,77%) e Sport Recife (0,70%). O Vitória é outro que aparece à frente do Colorado gaúcho. Os rubro-negros soteropolitanos tem 0,57%, pouco à frente do Inter, com 0,55%.
Cinco clubes encerram nacionalmente a lista dos mais citados. Goiás (0,38%), Coritiba (0,35%), Santa Cruz (0,27%), Náutico (0,22%) e Paraná (0,09%) fecham os 21 times.
Cidades
Os resultados por cidades mostram algumas tendências também. Das 13 principais capitais brasileiras, apenas Manaus e Brasília tem um forasteiro na liderança: o Flamengo. De fato, os times amazonenses mal aparecem na pesquisa. O manauara gosta bastante da Seleção, que tem mais torcida que Vasco e São Paulo na cidade. A mesma tendência é vista na capital federal, que tem como destaque a forte presença de torcedores do Atlético-MG: 7%.
Em Belém, quem manda é o Paysandu. O time está à frente do Remo, 34% x 23%. Fortaleza é alvinegra. O Ceará tem 26,3% da torcida local, contra 22,4% do Fortaleza. Em Goiás, fim da lenda de que o Vila Nova tem mais torcida que o Goiás. Os verdes tem 23,7% da preferência local, quase quatro vezes mais que o Vila, com 6,6%. O Tigrão ainda está atrás de São Paulo, Brasil, Palmeiras e Corinthians. Mas ganha do Flamengo.
Recife é rubro-negra. Nada menos que 43% dos fãs de futebol da cidade torcem pelo Sport. O campeão brasileiro de 1987 está bem à frente do Santa Cruz (27,2%) e do Náutico (19,2%). Mesmo assim, o trio domina a preferência, sem muitas citações para os times do eixo. Na vizinha Salvador, dá Bahia: 38%. As decepções tricolores nos últimos tempos permitiram o avanço do Vitória, que já tem 25,3% da preferência.
Atrás do Grêmio no geral, o Inter manda em Porto Alegre. A diferença é pequena: 49,7% à 48,4%. No Rio Grande se constata a menor divisão clubística do país. Apenas 2% dos portoalegrenses não são Inter ou Grêmio. A revista não divulgou como estes 2% estão divididos. Mas, conhecendo os gaúchos, é provável que Juventude, Caxias e a Seleção Uruguaia estejam à frente do Flamengo, por exemplo.
Aquela história de que Santa Catarina é quintal de carioca está desmentida. Pelo menos em Florianópolis. Na ilha, 19,2% dos torcedores são Avaí. O Figueirense, está atrás, com 17,8%. Os cariocas, surpreendentemente, não aparecem na listagem dos mais votados. Depois do Figueira, em Floripa, vêm Corinthians, Palmeiras, Grêmio, Inter e São Paulo.
Curitiba é atleticana. O Furacão tem 30,8% da torcida na capital do Paraná. A vantagem para o Coritiba, porém, não é tão grande. O Coxa tem 28,7% da torcida. Em terceiro vem o Paraná, bem atrás da dupla Atletiba: 9,8%. Curitiba é, das principais capitais brasileiras, a que mais tem citações de times de fora do Paraná. Na lista divulgada aparecem, depois do Trio de Ferro, Corinthians, São Paulo, Grêmio, Botafogo, Flamengo e Santos.
O Cruzeiro domina Belo Horizonte, com 42,4% da torcida. Depois, vem o Galo, com 38,4%. Já 19,2% da cidade prefere times de fora - ou o América. Talvez isso explique a derrota dos Mineiros no próprio Estado. Em Minas, a maior torcida é do Flamengo: 19,9%. Depois vem a Raposa (16,6%) e o Atlético local, 13,5%.
O Flamengo vence em Minas e é claro, no Rio. No Estado e na capital. A diferença na Cidade Maravilhosa é menor que no resto do Estado. Na cidade, o Fla tem 48,8%, contra 24,1% do Vasco. O Botafogo tem mais torcida que o Fluminense: 12,2% a 11,9%. No Estado, o Flamengo cresce e o Bacalhau e a dupla Vovô encolhem. Pela ordem: Fla 56,3%, Vasco 22,9%, Botafogo e Fluminense 9,7%.
Para encerrar (ufa!) a análise, São Paulo. O maior Estado brasileiro tem 32,9% de corintianos. O São Paulo tem 25,6% da preferência, seguido do Palmeiras, com 15,3%. O Santos está na cola do Verdão, com 14,5%. Mas justamente por ser o único do quarteto que não é da capital, o Peixe encolhe na cidade de São Paulo. Na paulicéia, dá Corinthians, com 34,8%, São Paulo, 27,7% e Palmeiras,17,7%. O Santos tem somente 5,7% dos torcedores da capital paulista.
Um outro dado interessante da pesquisa está fora do Brasil. Os torcedores do Brasil gostam muito do Campeonato Espanhol. Ronaldinho e cia. são acompanhados por 20% dos torcedores tupiniquins.

Três Cores, Uma Paixão!